E se guardo em mim um pouco de frieza não é porque goste dela, mas porque vivo e vivi.
Isto bastou para saber que não é a todos e a tudo que devo sorrir.
Meu sorriso pertence a quem é merecedor dele.

Um dia me disseram que a Doçura cura tudo.
Não sei se tudo, mas grande parte das coisas acredito que sim.
Quando se olha com carinho e ternura para qualquer situação, ela parece delicada, indefesa...

Seria a Doçura um sentir?
Porque só é Doce, de fato, quem sente.
Digo o Doce em seu sentido mais ínfimo e sofisticado: aquele que não passa nunca, apazigua e acalma.
A Doçura que só o amor a todas as coisas pode trazer, e só o amor.

Ontem, resolvi dormir na sala.
Me incomoda a rotina, a mesmice de sempre.
Às vezes resolvo fazer tudo diferente e sinto um pouco mais de vida, de sentir.
O meu sofá dá para a janela. Ali, descobri um quadro: a escuridão e a Lua. Sim, a Lua.
E tinha o tempo todo do mundo pra olhar e sorrir pra ela.
Ah se eu tivesse dormido na cama...